Conteúdo/DOC – Em 88,68% dos domicílios de Mato Grosso é realizada a coleta de lixo na porta das casas, embora abaixo da média nacional de 90,9%. Contudo, para os demais 11,32% as alternativas não têm nenhum cunho ambiental, mas a necessidade de se livrar dos restos do que foi consumido e produzido. As informações são do Censo 2022, divulgado pelo IBGE.
Sem coleta, a alternativa mais comum é queimar o lixo em casa. Essa é a realidade de 9,25% dos lares mato-grossenses, o que representa um universo de 336.215 pessoas. Outra saída é enterrar o lixo no fundo das casas. Uma realidade de 1,4% das casas, ou seja, 50.730 moradores.
Há ainda opções citadas como jogar o lixo em terrenos baldios, encostas ou áreas públicas ou dar outros destinos. “A grande cobertura nacional do serviço de coleta de lixo pode ser explicada, em parte, pelo fato de ele precisar de uma infraestrutura relativamente simples para ser feita. Ainda existe, no entanto, uma desigualdade regional significativa”, explica Bruno Perez, analista da pesquisa.
Enquanto 80,74% da população de Mato Grosso tem acesso a rede de água tratada, outros 19,26% têm que se virar de outra forma para ter acesso a esse bem primordial. Cerca de 470.651 mato-grossenses são obrigados a se viram cavando poços artesianos ou profundos para ter acesso a água, o que representa 12,94% dos domicílios.
Outras 143.918 apelam para cavar poço rasos ou cacimbas. Em 1,61% dos domicílios (58.494 pessoas) a alternativa é captar água de fontes, nascentes e minas. Outros 9.562 moradores dependem de caminhões pipa e 19.674 recorrem a açudes, igarapés, córregos e lagos.