Conteúdo/ODOC – A região Centro-Oeste do país registrou crescimento de 20,7% no valor transacionado com cartões de crédito, débito e pré-pagos no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, aponta levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS). Trata-se do melhor resultado entre todas as regiões brasileiras. No total, R$ 82,4 bilhões foram movimentados com cartões de crédito (com 31,1% de expansão no período), pré-pagos (39,2%) e débito (1% de aumento).
De acordo com o senior head da Rede Centro-Oeste do Santander Brasil, Eugênio Godoy, houve um aumento de 15% nos gastos por cliente do Banco no terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado. Já o número de cartões emitidos cresceu 37%.
“O aumento do uso do cartão – especialmente a versão on-line – segue a mudança de comportamento dos consumidores, que buscam e encontram conveniência, comodidade, segurança e rapidez nos canais digitais dos bancos. Eles podem ser atendidos onde, como e quando eles quiserem: 96% de nossos clientes vinculados utilizam dois ou mais canais de atendimento. Praticamente 8 em cada 10 transações bancárias são digitais, mostra a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2023. Por meio de aplicativos de smartphones e plataformas on-line, é possível efetuar transações bancárias em qualquer lugar”, comentou.
Por outro lado, o cartão de crédito, responsável pela maior parte das transações no Centro-Oeste, também é o maior responsável pelo endividamento das famílias.
uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, aponta que 55% dos consumidores entrevistados não fazem controle dos gastos mensais com cartão de crédito. Entre os que realizam o controle (44%), os principais mecanismos utilizados são o caderno/agenda (18%) e a planilha em computador (17%).
Cerca de 80% dos consumidores que utilizam o rotativo do cartão de crédito, também não sabem a taxa de juros mensal cobrada. Entre os que sabem, a média estimada declarada é de 13%.
“O crédito é um instrumento que alavanca a economia, ampliando o bem-estar dos consumidores e as receitas dos lojistas, desde que usado com consciência e planejamento. Se por um lado ele pode ser pensado como um atalho para algumas conquistas da vida, por outro, pode trazer consequências graves ao orçamento, caso o consumidor não utilize esse crédito com prudência e organização de suas finanças”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
