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Por que a eleição deste ano acirrou tanto a polarização entre direita e esquerda&#63

 

A eleição 2022 pode ser a primeira a marcar uma mudança nos rumos políticos em vários níveis, concomitantemente. A composição dos mandatos vinda das urnas indica que os segmentos da sociedade conseguiram demarcar espaços e os partidos políticos passaram se articular em torno dos polos direita e esquerda. 

O aspecto mais evidente é a polarização entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Em Mato Grosso, os deputados (estaduais e federais) eleitos e mais votados circularam nas vizinhanças de um ou do outro. 

O que contribuí para as mudanças são as regras eleitorais. A eleição deste ano foi a primeira sem a permissão de coligação para as campanhas proporcionais e a segunda com cláusula de barreira, norma que estabelece quociente eleitoral a partido e candidatos para entrar na contagem de direito à vaga. 

A tendência é que, até 2030, o número partidos com maior importância eleitoral reduza e os demais se fundam a eles ou flutuem de maneira periférica. 

O peso da polarização 

União Brasil, MDB, e PSB, com outorga de 12 cadeiras das 24 disponíveis na Assembleia Legislativa estiveram apenas no lado do Bolsonaro – apesar de articulações como o MDB na base do presidente, mesmo com candidatura própria, e o PSB, que ainda tem candidato a vice na chapa de Lula. 

“São partidos governistas; eles são centro, vão tender para quem tem chances de assumir o governo. E, neste ano, eles ficaram em torno do Lula ou do Bolsonaro, ou seja, a polarização foi mantida. É um tipo de articulação que, nos parece agora, semelhante à dos Estados Unidos”, diz o cientista político João Edisom. 

O cientista faz referência à prevalência dos grupos de democratas e republicanos, de onde historicamente saem os presidentes norte-americanos. Contudo, eles não são os únicos partidos na ativa nos EUA. Há outras siglas de espectros regionais, que agem para conseguir eleger seus representantes nos estados e condados. 

“Os Estados Unidos têm mais de 100 partidos, apesar parecer que só existem os democratas e os republicanos. Mas acontece que esses outros partidos agem por região e, quando tem eleição nacional, eles se aglomeram em torno ou dos republicanos ou dos democratas”, comenta. 

Existem as particularidades de cada sistema político e eleitoral na condução da representação regional e, no caso do Brasil, é mais evidente, de novo, o personalismo. Eleitores e candidatos e outros cargos não se aderem a ideias que a direita e a esquerda nacionais representam às figuras dos líderes – o que se ressaltam são o lulismo, junto do petismo, e o bolsonarismo. 

Atuação regional 

Já a força do papel dos segmentos econômicos, sociais e religiosos aparecem mais na composição da Assembleia Legislativa e da Câmara Federal. Os partidos de centro dominarão as bancadas de Mato Grosso nas duas casas a partir de 2023. 

“Pela primeira vez, a indústria conseguiu eleger um representante. O [deputado estadual Carlos] Avallone (PSDB) é um candidato eleito do setor, neste ano. No agro, havia o Xuxu Dal Molin (União Brasil) e o Gilberto Cattani (PL), e os eleitores do agro sentiram que o Cattani defende mais as pautas deles. Ele foi reeleito e Xuxu vai sair. O segmento evangélico está entre o Sebastião Rezende (União Brasil) e Thiago Silva (MDB)”, analisa João Edisom. 

Segundo ele, apesar de Janaína Riva (MDB) ter sido a candidata a deputada estadual mais votada, houve acompanhamento de outros, nem tão de longe assim de outros concorrentes. 

Max Russi (PSB) teve 70.328, Eduardo Botelho (União Brasil) recebeu 51.998; e Ondonir Bortolini “Nininho” (PSD), 50.875. Além deles, outros três recebem mais de 40 mil votos – Lúdio Cabral (PT), Gilberto Cattani (PL) e Dilmar Dal Bosco (União Brasil). 

“São deputados muito bem votados que foram aprovados pela população, pela atuação social. Não é o primeiro mandato de nenhum deles, mesmo assim receberam um número grande de votos individualmente. São políticos com força”, diz.    

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