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Incêndios florestais já causaram a morte de 4 pessoas no Estado

As queimadas, na maioria das vezes, começam por ação humana deixando um rastro de destruição e causando danos ambientais e econômicos

Nos últimos três meses, áreas inteiras em Mato Grosso vêm sendo consumidas pelo fogo, que se alastra rapidamente devido à estiagem e aos ventos fortes. Além dos danos ambientais e econômicos, os incêndios florestais já causaram a trágica perda de quatro vidas no Estado.

A vítima mais recente é o médico José de Oliveira Correia Neto, 66 anos. José Neto morreu enquanto tentava conter as chamas que tomou conta do pasto de uma fazenda em Nova Monte Verde (968 km ao Norte de Cuiabá).

A fatalidade aconteceu durante à noite, quando José Neto foi ajudar a apagar o incêndio florestal na propriedade. O profissional da saúde, anestesista no Hospital Regional de Alta Floresta, morreu por asfixia e corpo foi localizado carbonizado na noite de quarta-feira (25). A Polícia Civil investiga o caso.

Na tarde do dia 22 de agosto, o brigadista Paulo Henrique Pereira de Souza, 20, morreu durante o combate às chamas em um canavial localizado na BR-163, em Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá). Ele estava em um caminhão-pipa quando o veículo foi atingido pelo fogo. O condutor conseguiu fugir das chamas.

Contudo, ao sair da cabine do caminhão, Paulo de Souza acabou correndo na direção do incêndio e morreu carbonizado. O incêndio, que começou no dia anterior (21), teve início em uma propriedade pertencente a uma usina de Sonora (MS).

Um dia antes, Antonio Rubinho Giacomini Godoy, 59, morreu após ter um ataque cardíaco em sua propriedade, localizada no Bairro Cantão, em Pontes e Lacerda (446 km a Oeste de Cuiabá). Vítima apagava fogo da propriedade quando passou mal.

Outra vítima é o brigadista Uellinton Lopes dos Santos, 39, que morreu, em agosto passado, quando combatia incêndios florestais na Terra Indígena Capoto/Jarina, em São José do Xingu (1.200 km a Nordeste de Cuiabá).

Uellinton dos Santos pertencia ao quadro de brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O corpo foi localizado a cerca de 1 km de uma linha de defesa contra o fogo.

Na ocasião, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e o Ibama lamentaram a morte e garantiram que prestavam assistência e apoio à família do brigadista.

De acordo com as autoridades públicas, a devastação causada pelas queimadas, na maioria das vezes, começa por ação humana. No Estado, mais de 20 pessoas já foram presas e ao menos 112 já foram indiciadas pela Polícia Civil por colocar fogo em florestas, plantações e áreas urbanas ao longo de 2024.

LEGISLAÇÃO – Em reação contra os incêndios e as queimadas que assolam a Amazônia e o Pantanal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública encaminhou ao Palácio do Planalto uma proposta de mudanças no Código Penal para endurecer as penas de condenados por promover incêndios ilegais em vegetação.

Entre as mudanças sugeridas, está a elevação da pena básica para o crime de dois a quatro anos para três a seis anos de detenção. A pena máxima poderá chegar a 18 anos em casos com agravantes, como incêndios em áreas de conservação e territórios indígenas, ocorrência de mortes ou risco de morte, além de impactos à saúde pública.

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