A criminosa Ana Clara Silva Taborda, conhecida como “Loira do Pix”, foi presa na manhã desta terça-feira (13) durante uma ação da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá. A mulher, que é investigada por aplicar uma série de golpes na internet, conseguia, por meio desse crime, uma renda de R$ 4 mil por semana.
A mulher integra a facção criminosa Comando Vermelho (CVMT) e, momentos antes de ser presa, postou no status do WhatsApp a seguinte frase: “quem acorda tarde, a Polícia Civil leva!” e levou. A prisão foi efetuada na casa dela, no bairro Jardim Florianópolis.
Durante o cumprimento do mandado, os policiais civis encontraram diversos materiais, como um rádio comunicador, possivelmente usado para avisar sobre a chegada da polícia, e drogas. Numa das gavetas, os investigadores encontraram entorpecentes todo envolto em plástico.
A criminosa informou que a droga seria introduzida na vagina de uma mulher e seria levada para um preso na Penitenciária do Estado (PCE). No entanto, a “mula” teria desistido e o serviço de entrega não se concretizou.
“Nós deflagramos essa operação em cumprimento a três mandados de busca e apreensão contra mulheres. Esses mandados foram apresentados pelo doutor Marcelo em razão de várias denúncias que nós vínhamos recebendo aqui na Delegacia sobre o envolvimento dessas três mulheres com estelionatos eletrônicos na região do bairro Florianópolis. Em uma dessas denúncias, o que chamou a atenção foi que uma das suspeitas, identificada como Loira do Pix, teria envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. Durante o cumprimento, além dos aparelhos eletrônicos que nós apreendemos para perícia, encontramos uma considerada quantidade de droga que a suspeita informou que seria levada para a PCE. A droga já estava armazenada de uma forma que seria introduzida no órgão genital de uma mulher. Mas a mulher que iria entrar com essa droga não apareceu no dia [no último domingo], e por isso a droga estava na residência dela para ser entregue em outra oportunidade. A informação inicial é que ela teria envolvimento com vários golpes de estelionatos eletrônicos. Ela recebia mensalmente, através do ex-namorado dela, que também cometia esses golpes pela internet, cerca de R$ 4 mil por semana. Ela já foi presa no passado porque tentou entrar no presídio Pascoal Ramos com uma carteira de identificação falsa”, informou o delegado Vinicius Nazário, durante entrevista ao Programa do Pop, da TV Cidade Verde.
Ainda conforme Nazário, os policiais, além do rádio e da droga, apreenderam pólvora. Ele informou ainda que, momentos antes da polícia bater na porta da criminosa, ela postou uma frase inusitada no seu WhatsApp.
“Nós apreendemos pólvora, um rádio HT que era utilizado para acompanhar a frequência da polícia. Segundo ela, o rádio já está em desuso, eu acredito, porque a polícia começou a utilizar rádios digitais e, por isso, pararam de acompanhar. Ela tentou quebrar o celular, que já é característico das facções criminosas, porque eles não permitem que nenhum integrante seja preso com celular, para que a polícia não tenha acesso às informações. Ela falou para nós que poucos minutos antes havia feito uma postagem dizendo: ‘quem dorme demais a Civil leva’, e a Civil levou ela hoje”, finalizou.
As investigações sobre os crimes relacionados seguem em andamento.
